Nobre mulher, moça
Poço da força
Sombra e silêncio e dizem
Louca demais
Corpo mulher, loba
Centro da força
Chora em segredo e dizem
Boba demais
Nunca se pense louca
Nunca se deixe morta
Quebre o silêncio e nasça
Não olhe pra trás
Uma sobre e puxa a outra
Nobre mulher, moça
Pega a minha mão
Não olhe para trás
Por muito tempo eu segui descontente as regras que você me impôs
Patriarcado violento
Mas agora é diferente e eu vou lhe mostrar como é
É que eu nasci mulher, você me entende?
Mulher, aquela que pariu o mundo
Não foi você quem me fez
Eu é que me refaço
Em toda luta
Vocês me querem encaixotada dentro de um padrão (sagrado divino)
Vocês me querem calada nunca dizendo não (que atravessa o menino)
Mas é que eu nasci mulher, eu é quem te pari (abracei no meu íntimo)
Por que, então, tu acha que eu tenho que lhe servir? (Todo o meu ser feminino)
Nunca se pense louca
Nunca se deixe morta
Quebre o silêncio e nasça
Não olhe pra trás
Uma sobre e puxa a outra
Nobre mulher, moça
Pega a minha mão
Não olhe para trás
Uma sobe e puxa a outra
Nobre mulher, moça
Pega a minha mão
Não olhe para trás